segunda-feira, 26 de abril de 2010

Maranhão Adentro

ESPETÁCULO CIRCULUZ BRINCANTE


MARANHÃO ADENTRO

REALIZAÇÃO: PREMIO MIRIAM MUNIZ DE TEATRO-FUNARTE

PRODUÇÃO: TAPETE CRIAÇÕES CÊNICAS






AMIGOS ESTOU NESSA JORNADA PELO MARANHÃO ONDE TENHO CONHECIDO MUITAS PESSOAS E COMPARTILHADO MOMENTOS UNICOS JUNTAMENTE COM IURE OLINDA, IANDARA LIRA E JONERO SANTOS, JÁ PASSAMOS POR SÃO BENTO, ARARI E AGORA DIA 26 DE ABRIL DE 2010 ESTAMOS EM AÇAILANDIA NO CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
são 09:43 da manhã-

darei um breve relato dessa idas e passadas por cidades bem diferentes

São Bento é uma cidade toda cercada de campos umidos muitos pescadores muitas historias, pessoas lindas, batalhando seu dia perto das aguas dos rios aura
em São Bento relizamos as oficinas numa quadra esportiva para jovens do Grupo Perizes de teatro e dança e para outros vindos de uma cidade proxima São João Batista. muitas descobertas pra mim e para eles foi fortalecedor fiz amigos para lembrar sempre.




Amigos e novos palhaços e palhaças: Bolacha, Fuá, Tunel, Omelete, Imbira, Minhoca e Vareta as novas fulôs de São bento

As apresentações foram otimas o teatro de rua ocupando as praças destas cidades as pessoas chegando e chegando e chapéu rodando que tinha dava e quam não tinha ria...

Keke kerubina fazendo ciranda do mundo girar...





São 14:26 do dia 28 de abril de 2010

Agora conversando um pouco sobre Arari

cidade de rios, do belo e envolvente rio pindaré com sua Pororoca e tudo mais...conheci artistas de diferentes grupos desta cidade e tambem anônimos artistas, como Pilica ou Maicon Gay


Bem, foi uma semana intensa de muita correria, como eles dizem por la: de muitos babados e aquers! RSRSR! e conseguimos realizar nossa missão nesta cidade.

Na oficina a galera saiu subindo no tecido muito bem, a palhaçaria linda, profundos palhaços e palhaçs, cada um com sua poetica. Bela de ver e descobrir.

Palhaços e Palhaças de Arari um grande abraço galera a gente se ve



na Praça da Santa e na Praça do Folclore Circuluz Brincante fez rodas de arrepiar, tems ido uma escola pratica essa intinerancia...


Vou colocar aqui fragmentos dos relatos que recebi de Samara Volpony atriz e dançarina da Cia Impacto de arari que é nossa parceria nesta circulação e de Edilson ator e dançarino da Cia Mistura tambem de Arari

Nada melhor que suas palavras para termos uma ideia desse encontro

"Comemoramos nesse mesmo dia nosso primeiro aniversário de Palhaços, onde fomos batizados palhaços e palhaças: Maguila, macarrão, torradinha, Pouca Roupa, Pilica...

Compreedemos que todos somos semeteiros, semeadores, e semeados, que o movimento artístico precisa unir forças.

somos nos que bombeamos sangue a todos os outros...

Em dois dias ficarão na historia de Arari, de cada um daqueles que vidraram, sorriam, que passavam e que temiam ás brincandeiras da palhaçs keke kerubina rosa vermelha do jardim da vida que muita vida e cura trouxe através do riso..." (Samara Volpony atriz e dançarina da Cia Impacto de Arari)


AGORA EM AÇAILANDIA

Em Açailandia contamos com o apoio do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, um espaço que alem de promover a luta e combate à violência contra criança também combate o trabalho escravo e desenvolve atividades culturais com grupos de teatro e dança.
Assim, nosso intercambio aconteceu justamente com estes grupos do Centro de Defesa dos Direitos Humanos. As oficinas aconteceram no próprio espaço deles, onde existe uma ampla sala de dança e ensaios.
Tivemos também na oficina uma participante pertencente a uma família circense, e que sabendo do Projeto se interessou em fazer a oficina de Tecido Circense aparelho que ela ainda não utilizava em no Circo da Alegria do qual faz parte e que se encontrava instalado em Açailandia.

As apresentações de Circuluz Brincante foram realizadas na Praça do Pioneiro e na Praça da Bíblia, na primeira tivemos a oportunidade de realizar o espetáculo conjuntamente com o ato publico pelo dia do Trabalhador, uma ação do Centro de Defesa, que é parceiro do Projeto, assim, tivemos um público formado não apenas por moradores locais, famílias como também os trabalhadores, militantes do movimento sem terra, trabalhadores e lideres rurais.
Foi um encontro renovador para o espetáculo e de muita aprendizagem, Nesse sentido começamos a perceber que muitos dos elementos estéticos e simbólicos do trabalho, já eram novos para este público, estávamos adentrando novas formações humanas com outras tradições, um outro Maranhão dentro do Maranhão.
O Cazumbá, por exemplo, era um personagem distante do imaginário da população de Açailandia, claro que muitos já ouviram falar, ou já viram, porem não era parte de sua construções culturais e identificatórias como na baixada maranhense.
Esta mesma característica aconteceu em Balsas e um pouco menos em Imperatriz.

IMPERATRIZ

A cidade de Imperatriz é considerada a segunda maior cidade do Maranhão, localizada no cerrado brasileiro, é uma cidade a margem do Rio Tocantins
Por se tratar de uma cidade maior que as demais por onde já havíamos passado, resolvemos descentralizar ainda mais as apresentações. Por isso realizamos o espetáculo em uma comunidade afastada e outra apresentação no centro de Imperatriz.
Na comunidade reuniu-se uma multidão formada de crianças, adultos, idosos e famílias em geral. Percebemos o euforismo com cada cena, cada episódio das gag’s e cenas de keke. Enquanto que no centro há brincadeira, descontração, mais não de forma tão intensa, como a identificada na comunidade.
Mostrando-nos a raridade que é essas apresentações nestes locais e como a atuação lá é importante.

A outra apresentação fizemos na Beira rio, local no centro de Imperatriz, com muito fluxo de famílias e crianças, um local mais turístico, assim o nível de interação e a reação da platéia as cenas se apresentou de outra forma.

Os outros 02 dias em Balsas foram com as apresentações do espetáculo, 01 apresentação em comunidade, nas adjacências da cidade e outra, no centro comercial de Balsas, com mais fluxo de pessoas.


BALSAS

Ao termino de nossos objetivos em Imperatriz nos encaminhamos para Balsas ainda mais ao sul do Maranhão terra de cerrado hoje ocupada pela atividade da soja. Foram mais de 7 horas de viagem ate chegarmos em Balsas.Lá tivemos o apoio da Cia. HUHUHU de Circo e Teatro, único grupo teatral da cidade


Em Balsas nos focamos na zona de rural, região denominada de Ingá, durante dois dias conversamos e trocamos conhecimentos sobre o fazer cênico na rua, de cada grupo. Assim, não realizamos uma oficina aberta à comunidade como nas outras 04 cidades, mas debatemos e realizamos intercambio teórico dos nossos espetáculos.
Lá não tínhamos luz elétrica, assim refletíamos sobre os meios de continuar desenvolvendo o teatro e o circo tendo como opção sua pratica na zona rural, especificamente dentro do cerrado.



TODO ESSE TEMPO QUE PASSAMOS NA ESTRADA ME FEZ SENTIR E PERCEBER QUE É NESSES CAMINHOS, CURVAS E REENTRANCIAS , QUE O ARTISTA PRECISA ESTAR, NÃO ME ENCHE O CORAÇÃO E OS OLHOS ESTAR EM CARTAZ EM UM GRANDE TEATRO, MAS ME CONVIDE PRA PEGAR A MALA DE KEKE E IR PARA O CHÃO DE TERRA BATIDA OU PARA PROXIMA PRAÇA DESSE MUNDÃO.


AI MAIS EU VOU, TENDO O MINIMO DE DIGNIDADE PARA REALIZAR MINHA ARTE E TENDO O NECESSARIO PARA ASSIM CONTINUAR.

EU TO DENTRO!

E NESSA CAMINHADA SURGIU ESSA CANTIGA:

Eu sou nega catirina

mulher de raça e de fibra

eu sou filha é da lua

brincante na vida

brincante na rua

eu cheguei nesse terreiro

que é a rua ou é a terra

com uma fulô no peito

pro ferta pre ça plateia







axé!